www.misesjournal.org.br
MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy Law and Economics
e-ISSN 2594-9187
https://doi.org/10.30800/mises.2025.v13.1580
Adriano de Carvalho Paranaiba
Instituto Mises Brasil, São Paulo, Brasil
Doctor in Transportation (UnB). Master in Agribusiness (UFG). Economist. Associate Professor at the Federal Institute of Goiás (IFG). Leading researcher of GP-GIM: Research Group in Innovation Management and Markets (CNPq). Editor-in-Chief at MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law, and Economics (ISSN 2594-9187). E-mail: paranaiba@mises.org.br
Fernando A. M. C. D’Andrea
Embry-Riddle Aeronautical University, Daytona Beach, FL
Doctor in Business with a concentration in Entrepreneurship (Oklahoma State University), MSC in Management Engineering (Politecnico di Milano), Production Engineer. Assistant Professor of Entrepreneurship at Embry-Riddle Aeronautical University, Daytona Beach, FL. E-mail: dandreaf@erau.edu
Resumo: Este editorial apresenta uma discussão dos editores da Mises Journal sobre o escopo e objetivos da revista para o ano de 2025, bem como dos temas pertinentes para a publicação. Por fim, damos informações importantes sobre o processo de submissão de artigos para a revista, discutindo os principais motivos de rejeição dos artigos submetidos e sugerindo maneiras para reduzir ou eliminar tais problemas nos manuscritos.
Palavras-chave: publicação, Revista Mises, escopo, objetivos editoriais, Mises.
Com a publicação da última edição de 2024, a Mises Journal completou 12 anos de circulação ininterrupta garantindo à Escola Austríaca de Economia no Brasil o no mundo uma série de conquistas. São 24 edições disponíveis, incluindo as regulares e as especiais temáticas, que deram espaço para a colaboração acadêmica vinda de pesquisadores, professores e estudantes, que usam esta vertente de pensamento nos seus estudos.
Após o ano de 2018, a revista migrou para sua atual plataforma on-line, disponibilizando online inclusive os trabalhos publicados anteriormente em papel, e proporcionando novas possibilidades de pesquisa, colaboração e impacto para os autores. Tal mudança tecnológica aumentou consideravelmente a visibilidade dos trabalhos, o que beneficia tanto os autores, quanto os leitores que buscam contribuições e discussões que tratem desta importante escola de pensamento. Atualmente, são mais de quatro centenas de artigos disponíveis de forma aberta, publicados por mais de seis centenas de autores, provenientes de aproximadamente 30 países diferentes e mais 5 mil acessos por mês no website. As boas práticas editoriais, evidenciadas pela indexação da revista em diversas bases de dados de artigos científicos - Redalyc, Google Scholar, DOAJ, Periódicos CAPES, entre outros - garantem que pesquisadores de todo o mundo possam publicar e acessar artigos em inglês, espanhol e português. Seguindo este modelo, continuamos tomando as ações necessárias para incluir a revista em outras bases, em especial naquelas de maior relevância para o público internacional, o que terá por consequência um aumento do impacto científico da revista.
Por mais que, no dia a dia, chamemos nosso periódico acadêmico simplesmente de “Mises Journal” ou “a (revista) Mises”, é importante lembrar que o nome completo da revista é: “MISES: Revista Interdisciplinar de Filosofia, Direito e Economia”. Trata-se de uma revista interdisciplinar, porque a própria Escola Austríaca de Economia é interdisciplinar. Isto não significa ser multidisciplinar, como muitos outros periódicos. Para deixar claro, enquanto na multidisciplinaridade as disciplinas (as áreas) são estudas de forma simultânea, mas não interligada, a interdisciplinaridade busca os complementos entre as diferentes áreas, de forma que dialoguem entre si (Da Silva & Tavares, 2005). A interdisciplinaridade é inerente à Escola Austríaca, e as aplicações disto podem ser vistas ao longo da história (Barbieri, 2017). Tal característica está explicita numa famosa frase de Hayek (1956):
nobody can be a great economist who is only an economist-and I am even tempted to add that the economist who is only an economist is likely to become a nuisance if not a positive danger.
Quando olhamos para a produção científica de autores que utilizam referencial teórico da escola austríaca, identificamos pesquisadores alcançando sucesso, impacto e relevância para além das três áreas das ciências sociais - filosofia, direito e economia – nas quais estávamos inicialmente focados. Isso nos fez refletir sobre a necessidade de fazer ajustes no escopo e nos objetivos editoriais da revista. Com esta atualização, buscamos deixar ainda mais evidente a interdisciplinaridade da Revista e a abertura desta a uma gama mais ampla de temas. Isto se dá por reconhecermos que o referencial teórico austríaco é muito capaz de nos ajudar a fazer ciência social também além das três áreas do conhecimento previamente citadas.
Assim o Escopo da Revista foi reescrito. A partir de agora a Mises Journal “É uma Revista interdisciplinar que tem por missão garantir a publicação de contribuições intelectuais de professores e pesquisadores estudiosos da Escola Austríaca e das suas aplicações em diversas áreas das ciências sociais incluindo, mas não limitados a economia, direito, filosofia, administração e empreendedorismo, história e sociologia.”
Os objetivos Política Editorial foram definidos como:
De maneira complementar ao que disse o previamente citado Hayek (1956), a Revista Mises publicará trabalhos que elevem a economia ao posto ao qual já pertenceu e que foi, em maior parte, abandonado pelos economistas: aquele da economia como ciência social por definição (Mises, 2003).
Assim, buscamos manuscritos que tratem dos temas mais clássicos de epistemologia, teoria austríaca e suas aplicações em economia (e.g., Block, 2018; Howden, 2017; Iorio, 2015; Luther, 2021; Salerno, 2018), incluindo História do Pensamento Econômico (Angeli, 2014, 2024; Barbieri, 2023; Feijó, 2000; Matarán, 2024; McCaffrey, 2021; Mueller, 2021; Tarko, 2020; Wasserman, 2019); e em direito e filosofia (Boettke & Candela, 2023; e.g., De Siqueira Bentes, 2020; Freire, 2019; Rothbard, 2014; Slenzok & Dominiak, 2024; Zanotti et al., 2023; Zywicki & Boettke, 2017). Mas além disso, esperamos receber contribuições mais voltadas às discussões da atualidade. Por exemplo, relacionadas à filosofia liberal e libertária, liberdades Individuais e os possíveis “limites da liberdade”, em especial nas democracias modernas (Bagus et al., 2024; Gauderie, 2024; Karlson, 2024; McCloskey, 2019; Rectenwald, 2019; Rothbard, 1978; Weimer, 2025); o surgimento de modelos políticos populistas e (proto)totalitários (Boos, 2024; Heinisch et al., 2024; Lee, 2022); as propostas de soluções que visam proporcionar maior liberdade como cidades livres (charter cities, Free Cities, zonas econômicas especiais) e os problemas relacionados à tais propostas (Müller, 2016); e aplicações e debates das teorias austríacas em análises de realidades ou ficções (Catharino, 2014; Dominiak & Fegley, 2022; McCloskey, 2024).
De maneira complementar, há também outras áreas das ciências sociais com as quais os austríacos tem contribuído, por exemplo: Empreendedorismo e Inovação (e.g., Bradley et al., 2021; Bylund, 2020; Bylund & Packard, 2022; D’Andrea, 2023; D’Andrea & Mazzoni, 2019; Holcombe, 2022; McCaffrey et al., 2024) - Large Language Models (LLM) e Inteligência Artificial (IA) (Lambert & Fegley, 2023; Phelan & Wenzel, 2023), bem como outros temas em administração e negócios (e.g., D’Andrea, 2020; Daher & Rapp, 2023; Jacobson, 1992; Marion Ceolin & Rossi Mazzoni, 2024; Silva e Meirelles & Thomaz, 2024); discussões contemporâneas sobre teoria monetária - Bitcoin, Criptomoedas e Central Bank Digital Currencies (CBDC) (Allen et al., 2021; Ammous, 2021; Ammous & D’Andrea, 2022; Hoppe et al., 1998; Mousten Hansen & Newman, 2023; White, 2023) e as consequências sociais de um ambiente inflacionário (Ammous, 2021; Degner, 2025; Hullsmann, 2022); Intervencionismo e Regulação (Cheang, 2024; Ebeling, 2023; Ferrero, 2020; Silva e Meirelles, 2021), Economia Brasileira e formação econômica do Brasil (Faria & Subrick, 2022; Paranaiba et al., 2023; Rosi, 2015). Manuscritos nestas áreas são também muito bem-vindos.
Os manuscritos submetidos à revista são avaliados pelo Editor Chefe ou pelos editores associados quanto a três pontos: a pertinência ao escopo da revista, o alinhamento do texto ao padrão de escrita científica, e a qualidade do potencial contribuição. Nesta etapa, os editores têm a prerrogativa de rejeitar diretamente o artigo, quando este é o caso, os autores são informados, em geral, em até quatro semanas contadas desde a data da submissão. No caso de aprovação preliminar pelos editores, o artigo é submetido a avaliação por dois ou três revisores qualificados, em conformidade com as respectivas áreas de atuação e especialização. Os revisores trabalham num sistema cego (blind peer review), revisores e autores não têm seus nomes divulgados durante o processo de revisão.
Porém, um número grande de artigos é rejeitado antes do envio aos revisores, no jargão, muitos artigos são desk-rejected. Os principais motivos para tanto são:
Também é importante destacar a criação da seção “Ensaios & Insights”. Esta seção é destinada à publicação de textos que tratam de um recorte específico numa temática e que, embora não sejam extensos e nem tenham a profundidade de um artigo de pesquisa, situam essa temática com relação à área estudada. Mesmo nesta seção, não se deve renunciar ao rigor acadêmico e caráter científico do manuscrito enviado.
Recomendações importantes antes de submeter um manuscrito, uma lista adaptada das proposições de Shepherd & Wiklund (2020):
Essas recomendações são importantes, independentemente do histórico pregresso do autor, são válidas para aqueles que estão começando a carreira acadêmica, e para os pesquisadores sênior. Por sermos uma revista multidisciplinar, reconhecemos que as diferentes áreas de pesquisa possuem formas diferentes de estruturar suas publicações, e acreditamos que, mesmo não engessando a estrutura do que queremos nos artigos, os pontos acima são relevantes para a melhoria das contribuições que desejamos receber.
Queremos concluir esse editorial desejando um próspero ano de 2025 aos nossos leitores, pesquisadores e autores. Um agradecimento especial ao nosso corpo editorial e revisores ad hoc, sem eles o processo de revisão e garantia de qualidade editorial não seria possível. Sobre qualidade editorial também agradecemos ao importante trabalho da equipe de diagramação, na pessoa do Laert dos Santos Andrade, responsável pela enorme qualidade de apresentação dos artigos finais e pelos novos recursos para nossos leitores.
Allen, D. W. E., Berg, C., Davidson, S., & Potts, J. (2021). Blockchain and investment: An Austrian approach. The Review of Austrian Economics, 34(1), 149–162. https://doi.org/10.1007/s11138-020-00504-x
Ammous, S. (2021). The Fiat Standard: The Debt Slavery Alternative to Human Civilization. Saif House.
Ammous, S., & D’Andrea, F. A. M. C. (2022). Hard Money and Time Preference. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 10. https://doi.org/10.30800/mises.2022.v10.1495
Angeli, E. (2014). A importância da História do Pensamento Econômico e do pluralismo metodológico em economia com base na perspectiva da Escola Austríaca. Nova Economia, 24(1), 33–50. https://doi.org/10.1590/0103-6351/1381
Angeli, E. (2024). Critical rationalism and institutional change in Hayek. Brazilian Journal of Political Economy, 44(3), e243602. https://doi.org/10.1590/0101-31572024-3602
Bagus, P., Daumann, F., & Follert, F. (2024). Microaggressions, cancel culture, safe spaces, and academic freedom: A private property rights argumentation. Business Ethics, the Environment & Responsibility, 33(3), 523–534. https://doi.org/10.1111/beer.12626
Barbieri, F. (2017). A Pesquisa Austríaca Construindo Pontes entre Diferentes Tradições Intelectuais. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 5(1), 5–8. https://doi.org/10.30800/mises.2017.v5.31
Barbieri, F. (2023). Lachmann’s transformation. The Review of Austrian Economics, 36(3), 417–439. https://doi.org/10.1007/s11138-021-00555-8
Block, W. (2018). The Minimum Wage Once Again: MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 6(1). https://doi.org/10.30800/mises.2018.v6.115
Boettke, P. J., & Candela, R. A. (2023). Monitoring, metering and Menger: A conciliatory basis for a genuine institutional economics. The Review of Austrian Economics, 36(2), 183–203. https://doi.org/10.1007/s11138-022-00593-w
Boos, T. (2024). Bitcoin, techno-utopianism and populism: Unveiling Bukele’s crypto-populism in El Salvador’s adoption of Bitcoin. Economy and Society, 53(4), 579–602. https://doi.org/10.1080/03085147.2024.2407227
Bradley, S. W., Kim, P. H., Klein, P. G., McMullen, J. S., & Wennberg, K. (2021). Policy for innovative entrepreneurship: Institutions, interventions, and societal challenges. Strategic Entrepreneurship Journal, 15(2), 167–184. https://doi.org/10.1002/sej.1395
Bylund, P. L. (2020). Finding the Entrepreneur-Promoter: A Praxeological Inquiry. Quarterly Journal of Austrian Economics, 23(3–4), 355–389. https://doi.org/10.35297/qjae.010074
Bylund, P. L., & Packard, M. D. (2022). Subjective value in entrepreneurship. Small Business Economics, 58(3), 1243–1260. https://doi.org/10.1007/s11187-021-00451-2
Catharino, A. (2014). A Filosofia da Liberdade na Saga de Filmes Star Wars – Parte 1. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 2(1), 259–277. https://doi.org/10.30800/mises.2014.v2.605
Cheang, B. (2024). What Can Industrial Policy Do? Evidence from Singapore. The Review of Austrian Economics, 37(1), 1–34. https://doi.org/10.1007/s11138-022-00589-6
D’Andrea, F. A. M. C. (2020). Strategic marketing & Austrian economics: The foundations of resource-advantage theory. The Review of Austrian Economics, 33(4), 481–501. https://doi.org/10.1007/s11138-019-00472-x
D’Andrea, F. A. M. C. (2023). Entrepreneurship and institutional uncertainty. Journal of Entrepreneurship and Public Policy, 12(1), 10–31. https://doi.org/10.1108/JEPP-01-2022-0018
D’Andrea, F. A. M. C., & Mazzoni, J. F. (2019). For a less dramatic creative destruction. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 7(3). https://doi.org/10.30800/mises.2019.v7.1245
Da Silva, Í. B., & Tavares, O. A. de O. (2005). Uma pedagogia multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar para o ensino/aprendizagem da física. Holos, 21(1), 4–12.
Daher, T., & Rapp, D. (2023). An Austrian Critique of Passive Investing. Quarterly Journal of Austrian Economics, 26(1). https://doi.org/10.35297/qjae.010159
De Siqueira Bentes, L. (2020). The Law and the Stateless society. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 8. https://doi.org/10.30800/mises.2020.v8.1229
Degner, J. L. (2025). Inflation and the Family: Monetary Policy’s Impact on Household Life. Palgrave Macmillan. https://link.springer.com/book/9783031812040#bibliographic-information
Dominiak, Ł., & Fegley, T. (2022). Contract Theory, Title Transfer, and Libertarianism. Diametros, 1–25. https://doi.org/10.33392/diam.1800
Ebeling, R. (2023). Carl menger on economic policy: “Exact laws,” institutional prerequisites, and economic liberalism. The Review of Austrian Economics, 36(2), 331–355. https://doi.org/10.1007/s11138-022-00605-9
Faria, A. B., & Subrick, J. R. (2022). Brazil’s road to serfdom. The Review of Austrian Economics, 35(2), 143–161. https://doi.org/10.1007/s11138-020-00512-x
Feijó, R. (2000). Economia e filosofia na escola austríaca. NBL Editora.
Ferrero, B. (2020). The fatal deceit of public policy: Can Austrian and Public Choice economics complement each other? Procesos de Mercado: Revista Europea de Economía Política, 17(1), 327–350.
Freire, L. (2019). A Praxiologia como resposta a problemas na filosofia da ciência. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 7(1). https://doi.org/10.30800/mises.2019.v7.943
Gauderie, S. (2024). Unleashing Legal Polycentricity in Europe? MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 12. https://doi.org/10.30800/mises.2024.v12.1531
Hayek, F. A. von. (1956). The Dilemma of Specialisation. In L. D. White (Ed.), The state of the social sciences. University of Chicago Press.
Heinisch, R., Gracia, O., Laguna-Tapia, A., & Muriel, C. (2024). Libertarian Populism? Making Sense of Javier Milei’s Political Discourse. Social Sciences, 13(11), 599. https://doi.org/10.3390/socsci13110599
Holcombe, R. G. (2022). Creative destruction: getting ahead and staying ahead in a capitalist economy. The Review of Austrian Economics, 35(4), 467–480. https://doi.org/10.1007/s11138-020-00523-8
Hoppe, H.-H., Hülsmann, J. G., & Block, W. (1998). Against Fiduciary Media. Quarterly Journal of Austrian Economics, 1(1), 19–50.
Howden, D. (2017). The Interest Rate and the Length of Production: A Comment. Quarterly Journal of Austrian Economics, 19(4), 345–358. https://mpra.ub.uni-muenchen.de/79806/1/MPRA_paper_79806.pdf
Hullsmann, J. G. (2022). How Inflation Destroys Civilization. Ludwig von Mises Institute.
Iorio, U. J. (2015). Ação, Tempo e Conhecimento. Escola Austríaca, Ciência e Humanismo. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 3(2), 317–326. https://doi.org/10.30800/mises.2015.v3.763
Jacobson, R. (1992). The “Austrian” School of Strategy. Academy of Management Review, 17(4), 782–807. https://doi.org/10.5465/amr.1992.4279070
Karlson, N. (2024). Reviving Classical Liberalism Against Populism. Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-031-49074-3
Lambert, K. J., & Fegley, T. (2023). Economic Calculation in Light of Advances in Big Data and Artificial Intelligence. Journal of Economic Behavior & Organization, 206, 243–250. https://doi.org/10.1016/j.jebo.2022.12.009
Lee, M. (2022). A Populist World Order? Origins and Predictions. Cosmos & Taxis, 10(9+10), 94–112. https://cosmosandtaxis.org/wp-content/uploads/2022/09/lee_ct_vol10_iss9_10.pdf
Luther, W. J. (2021). Two paths forward for Austrian macroeconomics. The Review of Austrian Economics, 34(2), 289–297. https://doi.org/10.1007/s11138-020-00511-y
Marion Ceolin, A., & Rossi Mazzoni, J. F. (2024). Beyond Rationality: Exploring Neoclassical, Behavioral, and Austrian Approaches to Finance. Quarterly Journal of Austrian Economics, 27(3). https://doi.org/10.35297/001c.123502
Matarán, C. (2024). The Essential Jesús Huerta de Soto: An Analysis of His Contributions to Economics and Social Thought. Quarterly Journal of Austrian Economics, 27(3). https://doi.org/10.35297/001c.123500
McCaffrey, M. (2021). The Long Rehabilitation of Frank Fetter. Quarterly Journal of Austrian Economics, 24(3). https://doi.org/10.35297/qjae.010110
McCaffrey, M., Bylund, P. L., & Klein, P. G. (2024). Austrian Economics and Entrepreneurship. Foundations and Trends® in Entrepreneurship, 20(1), 1–108. https://doi.org/10.1561/0300000118
McCloskey, D. N. (2019). Why Liberalism Works. Yale University Press. https://doi.org/10.12987/9780300244816
McCloskey, D. N. (2024). Austrians should reject North and Acemoglu: Some critical reflections on Peter Boettke’s The Struggle for a Better World. The Review of Austrian Economics, 37(3), 313–321. https://doi.org/10.1007/s11138-022-00592-x
Mises, L. von. (2003). Epistemological Problems of Economics (3rd ed.). Ludwig von Mises Institute.
Mousten Hansen, K., & Newman, J. (2023). What Is Inflation? Clarifying and Justifying Rothbard’s Definition. Quarterly Journal of Austrian Economics, 25(4). https://doi.org/10.35297/qjae.010141
Mueller, A. P. (2021). 150 anos “Princípios da Economia” de Carl Menger: Um legado duradouro. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 9. https://doi.org/10.30800/mises.2021.v9.1434
Müller, J. F. (2016). Advancing Justice by Appealing to Self-Interest: The Case for Charter Cities. Moral Philosophy and Politics, 3(2). https://doi.org/10.1515/mopp-2016-0022
Paranaiba, A. D. C., D’Andrea, F. A. M. C., & Vaz-Curado, S. F. L. (2023). ECLAC: Brazil, Argentina and the Problems and Mistakes in the Latin American Structuralist Economic Theory. Revista de Economia Mackenzie, 20(1), 203–231. https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/15838/11937
Phelan, S. E., & Wenzel, N. G. (2023). Big Data, Quantum Computing, and the Economic Calculation Debate: Will Roasted Cyberpigeons Fly into the Mouths of Comrades? Journal of Economic Behavior & Organization, 206, 172–181. https://doi.org/10.1016/j.jebo.2022.10.018
Rectenwald, M. (2019). Libertarianism(s) versus Postmodernism and “Social Justice” Ideology. Quarterly Journal of Austrian Economics, 22(2), 122–138. https://doi.org/10.35297/qjae.010009
Rosi, B. G. (2015). A Diplomacia Liberal de Joaquim Nabuco. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 3(2), 501–520. https://doi.org/10.30800/mises.2015.v3.789
Rothbard, M. N. (1978). Strategies For A Libertarian Victory. Libertarian Review, 7(7), 18–24.
Rothbard, M. N. (2014). A Invasão Hermenêutica da Filosofia e da Economia. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 2(1), 29–41. https://doi.org/10.30800/mises.2014.v2.573
Salerno, J. T. (2018). Are Ownership Rent and Pure Profit Separate Returns to the Entrepreneur? Quarterly Journal of Austrian Economics, 21(2), 193–208.
Shepherd, D. A., & Wiklund, J. (2020). Simple Rules, Templates, and Heuristics! An Attempt to Deconstruct the Craft of Writing an Entrepreneurship Paper. Entrepreneurship Theory and Practice, 44(3), 371–390. https://doi.org/10.1177/1042258719845888
Silva e Meirelles, D. (2021). The Six Lessons of Mises. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, 9. https://doi.org/10.30800/mises.2021.v9.1388
Silva e Meirelles, D., & Thomaz, J. C. (2024). The Use of Narratives in Business Models.Z. https://doi.org/10.30800/mises.2024.v12.1562
Slenzok, N., & Dominiak, Ł. (2024). Is the Austrian School Value-Free? On the Dependence of Austrian Economics on Political Philosophy. Quarterly Journal of Austrian Economics, 26(4). https://doi.org/10.35297/qjae.010178
Tarko, V. (2020). Understanding post-communist transitions: the relevance of Austrian economics. The Review of Austrian Economics, 33(1–2), 163–186. https://doi.org/10.1007/s11138-019-00452-1
Wasserman, J. (2019). The Marginal Revolutionaries: How Austrian Economists Fought the War of Ideas. Yale University Press.
Weimer, W. B. (2025). Liberalism is Neither Dead, Dying, in Need of Reformulation, Nor Well Understood. Cosmos & Taxis, 13(1+2), 1–19. https://cosmosandtaxis.org/wp-content/uploads/2025/01/Weimer_CT_Vol13_Iss_1_2.pdf
White, L. H. (2023). Better Money: Gold, Fiat, Or Bitcoin? Cambridge University Press.
Zanotti, G. J., Borella, A., & Cachanosky, N. (2023). Hermeneutics and phenomenology in the social sciences: Lessons from the Austrian school of economics case. The Review of Austrian Economics, 36(3), 403–415. https://doi.org/10.1007/s11138-021-00548-7
Zywicki, T. J., & Boettke, P. J. (Eds.). (2017). Research handbook on Austrian law and economics. Edward Elgar Publishing.