Um ensaio sobre o desenvolvimento adaptativo
DOI:
https://doi.org/10.30800/mises.2019.v7.1190Palavras-chave:
Desenvolvimento, Eficiência Adaptativa, Aprendizado, Ordem EspontâneaResumo
Teoria e prática do desenvolvimento precisam de um novo enfoque que, além de sinalizar as instituições a serem melhoradas, revele os mecanismos subjacentes dos processos de desenvolvimento dependentes da trajetória. Este documento apresenta ideias para esse enfoque, enquanto afirma que o desenvolvimento não é exclusivamente um problema de intervencionismo, mas que deve ser analisado pela perspectiva da ordem espontânea. O ponto de partida é a ideia de que o desenvolvimento é um processo evolutivo de provas, erros, aprendizagem e adaptação. O ponto central é o conceito de aprendizagem como processo de reorganização adaptativa, que vincula a microgênese de capacidades e instituições à produção de bens sociais. O argumento principal é que a eficiência adaptativa é o produto de um processo evolutivo em que prevalecem certos tipos de aprendizagem que, ou condenam as sociedades a ciclos viciosos de subdesenvolvimento, ou pavimentam seu caminho para a prosperidade. Quando indivíduos e grupos aprendem de forma reflexiva, no sentido de que refletem não apenas sobre suas tarefas de resolução de problemas, mas também sobre as suposições que subjazem suas ações, ficam mais propensos a reorganizar capacidades e instituições de forma adaptativa a nível local. Sem tal reflexão, mantêm-se presos a padrões irreflexivos de subdesenvolvimento.
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